Há algumas semanas, estávamos jantando em casa quando a Ester me perguntou: “Mamãe, o que você acha de nós convidarmos Jesus para vir jantar em casa com a gente?”
Mais do que instantaneamente, decidi aproveitar essa deixa magnífica e dar uma chamadinha de atenção, para ver se ela parava de enrolar e terminava logo o seu prato de arroz gelado com feijãozinho seco e carninha fria (ultimamente, os dois tem enrolado muuuuito para comer): “Acho ótimo, filha! Só fico pensando o que será que Jesus iria dizer aqui em casa quando visse o quanto você e o João tem enrolado para comer!”
(Eu sei, fui mala e ainda incluí o irmão, que estava quietinho, de boa no canto dele, fazendo bolhinha de baba com suco de uva. Mas… ossos do ofício.)
Ela ficou olhando para mim por alguns instantes e então disse “É mamãe… na verdade acho melhor a gente convidar Jesus para a hora do lanche mesmo!!”
Essa é a minha Ester. A Ester ama lanche. Não tem crise para comer lanchinho. Lanchinho é legal. Refeição é dureza.
Por que essa conversa com ela foi engraçada? Tão somente pela sua sinceridade. Ela percebeu que ficaria numa situação difícil se Jesus estivesse com ela num contexto em que é difícil para ela obedecer. Então, como toda boa criança, resolveu logo a situação: vamos chamá-lo outra hora, ué!
Ah, Ester… como somos parecidas! Eu também queria poder escolher quando receber Jesus em casa. Eu o convidaria para jantar, mas não sei se daria carona para Ele no trânsito caótico da hora do rush… adoraria recebê-lO para um café, mas não sei se iria querer que Ele me acompanhasse nas reuniões intermináveis e tensas do meu trabalho. Eu certamente O levaria ao culto comigo, mas fugiria dEle quando a NET me ligasse para oferecer upgrade do meu plano que nem sequer funciona!!!
Percebi que, assim como ela, eu precisava resgatar um dos atributos de Deus: a Sua Onipresença. Não podemos fugir da presença de Deus!! Que diferença faria na minha vida se eu levasse isso realmente em consideração? Se eu realmente procurasse agir de forma que O agradasse, mesmo em situações em que não é nada fácil obedecer?
Faria toda a diferença, tenho certeza. E essa foi uma verdade que falou profundamente ao meu coração enquanto eu olhava a minha filha terminando de comer. Jesus não apenas estaria de olho nela. Ele estaria de olho na reação da mãe dela. Ele ESTAVA de olho nela.. e em mim. Não precisamos convidá-lo para jantar. Ele sempre está conosco. E aí sim, quando eu me percebi tão carente da necessidade de viver sob a perspectiva da onipresença de Deus quanto a Ester estava, pudemos conversar sobre como Deus está em todos os lugares e vê tudo o que nós fazemos.
Foi uma lição para ela… foi um ótimo lembrete para mim. Filhos… como nos ensinam!
Deus é Onipresente. Não podemos fugir da Sua presença. Como isso impacta a sua vida?
“O temor do Senhor é o princípio da sabedoria” (Provérbios 1:7)
Beijos a todas
Naná